Café com Anime - Mahoutsukai no Yome Episódio 23


Finalmente tivemos nossa conversa do penúltimo episódio (23) de Mahoutsukai no Yome, o que esse anime nos apresenta nessa reta final? Para conversar sobre o episódio 21 de Mahoutsukai no Yome, eu, Gato de Ulthar, juntamente com o Diego do É Só Um Desenho, o Vinicius do Finisgeekis e Fábio "Mexicano" do  Anime21, nos reunimos do Café com Anime desta semana.


Eu já apresentei o projeto Café com Anime anteriormente, mas para os desavisados, eu, Gato de Ulthar, juntamente com outros amigos blogueiros, estamos realizando análises semanais de animes da temporada, a medida que os episódios forem saindo, tudo em forma de conversa entre os participantes. Se você tem interesse em entender melhor o projeto, recomendo que leia a postagem introdutória da inciativa: 

Café com Anime - Uma nova iniciativa do Dissidência Pop para esta temporada de Outono de 2017

Também é possível acompanhar o Café com Anime e as conversas publicadas por aqui: Análises Semanais - Café com Anime, onde há um menu para acessar todos os episódios analisados, a medida quem forem lançados. Lembrando que o Dissidência Pop também está hospedando nossas conversas sobre o anime Junji Ito: Collection.

Gato de Ulthar-

Acabamos de entrar mesmo na reta final do episódio, antes de assistir eu nem havia dado conta de que este era o penúltimo episódio, e ainda há tanta coisa para ser resolvida. Há alguns que reclamaram do flashback/memórias da Chise do episódio passado né? EU não achei ruim, achei na verdade bem interessante, mas o que dizer do flashback deste episódio? Aposto que ele irá gerar mais ódio do que o anterior. Será que era mesmo necessário contar a história do vilão? Esse é um clichê típico e muito perigoso, tentar humanizar o vilão e causar empatia pela sua pessoa em quem estiver assistindo. Tirando isso, eu achei o passado do Joseph e do Catarpphilus (sim, eles são ou foram duas pessoas), muito cômico para ser verossímil, de nada o menino Joseph surta e resolve absorver o Judeu Errante? Foi algo extremamente súbito, não fez muito sentido, tudo bem que ele sofria bullyng, era solitário e fazia umas poções com ervas, mas do nada virar uma criatura sádica? Que ele fosse mau sempre faria muito mais sentido. Achei engraçado o fato dele ter caído na pegadinha do malandro e ter absorvido, pensando que seria uma coisa boa, um ser amaldiçoado por ter jogado uma pedra em Jesus. Francamente, não é difícil imaginar o que virá em sequência, a Chise livrando o Joseph de seu sofrimento. Não vou ficar falando sozinho, digam algo também :P

Diego-

Eu... não achei o flashback tão ruim assim não =X Eu gostei de saber mais do passado do Joseph. Só que é um treco absolutamente clichê, do cara que sofre bullying e se torna o mal encarnado por conta disso. Se mais nada, a surpresa foi que o Cartaphilus é que não parecia ser mal nem nada. Ele estava em sofrimento intenso (vida eterna sem juventude eterna deve mesmo ser um tormento tremendo, estar constantemente apodrecendo x_x) e ainda assim não realmente parecia um psicopata maluco (e aposto que ele quer salvar o Joseph tanto quanto o Joseph quer salvar a si mesmo).


Vinicius Marino-

Eu também não desgostei do flashback. Meu problema foi outro. Com tantas histórias de revanchismo, maldade e redenção na tradição abraâmica era mesmo necessário inventar uma historinha cliché de bullying?
Às vezes eu sinto que a Yamazaki é estilosa demais para o próprio bem. Seu mangá é tão criativo que quando titubeia por algum caminho mais tradicional a dissonância é muito grande.


Fábio "Mexicano"-

Independente do mérito do flashback ser bom ou ruim, ele não é estritamente necessário para a Chise querer salvá-lo. Ela só precisa saber que ele está sofrendo, que ele quer morrer, e enquanto estiver vivo irá continuar cometendo atrocidades como as que ela já conhece tão bem. Isso sozinho já é motivo para "salvá-lo".
O flashback é clichê, mas era mais do que apenas bullying (isso é o que a gente sofre, na idade média ele corria era risco de vida mesmo, não vamos tirar a coisa de seu devido contexto). E não achei que ele se tornou mau de repente: ele em um ato de desespero se uniu à Cartaphilhus, provavelmente nem sabia que era possível e tampouco sabia quem era Cartaphilus (ele só foi descobrir isso escutando conversa alheia em uma taverna muitos anos, talvez décadas, séculos mais tarde). Só quando começou a sofrer de verdade a maldição do judeu errante é que ele se tornou maligno. Provavelmente foi rápido demais (e eu acho que foi demorado demais, preferia ver mais ação; situação difícil de resolver, né?), mas acho que está ali pelo menos o esboço de sua queda e dá para entender isso.

Fábio "Mexicano"-

Já a Chise é mesmo uma santa, mais do que santa, é a reencarnação de Jesus mesmo, acho que já disse antes mas digo de novo, ela está disposta à sofrer por todos os nossos pecados e nos salvar. De todo modo, tirando o flashback, foi um episódio cheio de detalhes legais, como a reaparição da bruxa e a revelação que o poder dela é se transformar em um touro, e aparentemente a Alice vai se tornar uma maga, huh?

Vinicius Marino

Fico feliz que o Fábio trouxe a Idade Média à tona, pois tem algo que eu gostaria de comentar.
Nessa época era muito comum algumas pessoas serem consideradas "párias" e forçadas a viver de forma isolada. Profissões relacionadas à morte, em especial, sofriam bastante disso e não só na Europa. Geralmente elas eram inclusive hereditárias, pois a "mácula" da ocupação manchava a família (e não é como se os filhos desses profissionais tivessem muita sorte no amor).(editado)
Meu ponto é: isso era ruim, mas era esperado. Para quem nasceu nesse tipo de sociedade, é algo que era levado com alguma resignação. A atitude do Joseph foi super contemporânea. Ele parece um garoto do nosso tempo jogado ao passado para se indignar e esfregar na cara quão horrível era essa época.

Gato de Ulthar-

A minha crítica em si não foi sobre o flashback como elemento do roteiro, foi o fato do menino Joseph, subitamente, querer se fundir com um completo estranho que não conseguiu curar com seus unguentos! "Não consigo curar o cara, vou me fundir com ele e seremos felizes". Isso faz sentido só se levarmos em conta a insanidade dele, que foi demonstrada quando ele teve essa ideia maluca, foi só ver a cara dele, de um completo psicopata. E penso que logo depois de transformado ele já ficou bem malvado sim, vemos como ele vai pegando as partes de pessoas e animais, é até dado um exemplo disso quando ele retalhou a menina que queria ajudá-lo.

Fábio "Mexicano"-

Então, depois da transformação, vemos ele definhando, sofrendo da mesma forma que Cartaphilus sofria. Aí a garota o ajuda, e aí ele faz a sua primeira vítima de que temos notícia. Não sabemos quanto tempo se passou entre a fusão e a garota ajudá-lo, então não é possível afirmar que ele se tornou mau imediatamente - é uma possibilidade, sem dúvida, mas o anime não nos deu indícios suficientes para provar nem uma coisa nem outra.
E concordo com o diagnóstico do Vinícius de que o Joseph simplesmente não parecia pertencer àquele lugar - ou àquele tempo. Acho que a intenção, contudo, fosse fazê-lo semelhante à Chise: ele não era um pária porque um coveiro, mas sim porque "escutava os mortos" - ter um poder sobrenatural foi a sua maldição, bem como foi a maldição da Chise.

Vinicius Marino-

Nesse sentido, seria muito mais eficaz se ele tivesse uma ocupação "normal". Todo mundo espera que o coveiro seja estranho. Mas um pilar respeitável da comunidade? Sua queda gradual ao estatuto de pária faria da sua loucura muito mais dramática.

Gato de Ulthar

Foi isso justamente que me incomodou, ele podia levar uma vida sofrida, mas o surto psicótico dele foi muito intenso e rápido, ele justamente fez uma cara de psicopata e se fundiu com o cara :stuck_out_tongue:
Mas vocês acham que esse passado do Joseph/Judeu Errante foi o suficiente para simpatizarmos com ele? Ou no mínimo torná-lo mais humanizado para que sintamos empatia pela sua situação?
E o mais importante, foi realmente necessário essa tentativa por parte da autora, pu era melhor mantê-lo como vilão genérico ruim?

Vinicius Marino-

Acho que eu preferiria um vilão sociopático, se nada mais porque essas tentativas de humanização expressa raramente funcionam.
Com a energia gasta para transformá-lo em vítima ela podia tê-lo transformado em um maquiavélico imprevisível.
Continuaria cliché, mas nos pouparia de muito melodrama mal-executado.

Diego

Ironicamente o episódio pareceu construir bem mais uma empatia pelo Judeu Errante, definhando por toda eternidade, do que pelo Joseph, que vida sofrida ou não acabou mesmo soando como um psicopata repentino. Agora, é isso preferível a nada? Eu acho que explicar o passado dele faz sentido narrativamente, mas não foi realmente nada de mais. Ele seria melhor só como um moleque maluco sociopata? Francamente, nem essa opção nem o que foi feito realmente me soam como as melhores alternativas. Entre ambos, era melhor recomeçar o personagem do zero.

Fábio "Mexicano"-

Como a Chise precisa ser Jesus e salvar todo mundo, é triste mas era narrativamente necessário que conhecêssemos melhor o Joseph. Mas eu não queria nem que ela fosse Jesus nem que ele fosse humano.


Gato de Ulthar-

Como estamos no penúltimo episódio de Mahoutsukai no Yome, que tal exercitarmos nossa capacidade de especulação? Dadas as informações que colhemos até agora, não é muito difícil imaginar oque acontecerá no final da série, mesmo assim, o que vocês, meus caros companheiros, tendo como base este penúltimo episódio, imaginam que acontecerá no último episódio?

Fábio "Mexicano"-

Acho que a forma como a Chise vai se salvar ainda está bastante em aberto. Ela se fundir com o Judeu Errante me parece uma solução horrível, e se curar por usar só "um pouquinho" dele parece solução porca. Mas vamos ver o que o anime faz. Em todo caso, ela deve salvar a alma do Joseph e fazer às pazes com o Elias, e todos viverão felizes para sempre.
Na verdade, sendo ela quem é e tendo o poder que tem, provavelmente é até possível que ela de fato viva para sempre fundida ao Judeu Errante sem experimentar a putrefação eterna dele. Mas ainda acho uma solução bem ruim.

Gato de Ulthar-

Eu também não gosto desta ideia, mas parece que esse era o plano do Joseph, pegar a maldição mortal do braço da Chise para ele. o que o faria morrer, e por intermédio, ele teria que enviar uma parte do Judeu Errante para a Chise, o que lhe conferiria vida eterna.
Mas vida eterna é quase sempre uma maldição.


Gato de Ulthar

Só eu preferi a versão loli da rainha do que a tradicional com os peitos de gelatina? :stuck_out_tongue:

Fábio "Mexicano"-

Essa daí ela disse que estava ... possuindo alguma coisa, não entendi direito. Mas sim, Loli Titânia é a melhor Titânia.

Gato de Ulthar-

Eu entendi que seria uma espécie de "avatar" da rainha, visto que ela mesmo estava em outro lugar, tanto que ela criou várias cópias dela mesma.
E que esses "avatares" brotavam das árvores, o que é condizente com o seu poder.

Fábio "Mexicano"-

Ela falou sobre tomar um galho da árvore, entendi que havia transformado um pedaço de pau em loli-self. Em todo caso, se o poder dela alcançou a Islândia, wow, ela realmente consegue estender seus sentidos para O MUNDO INTEIRO se quiser?

Gato de Ulthar-

Eu também entendi assim, ela consegue criar uma rede com basicamente a extensão de toda a vida vegetal e animal da Terra, o que faz ela poder circular por todo o planeta.

Fábio "Mexicano"-

Mas será que isso não dá "problema diplomático" com eventuais outras entidades que "governem" a vida sobrenatural no resto do mundo? :smile:
Apesar de tudo, que eu saiba ela ainda é rainha apenas de Albion e ... e o nome engraçado da Irlanda lá... Eire?

Gato de Ulthar-

Bom, acho que ela pediu uma espécie de "permissão" a outra divindade, lembra que ela fez uma espécie de invocação à deusa do folclore céltico Morrigan?
Curioso que essa deusa Morrigan é deusa da guerra, da vingança, da fertilidade, das premonições, da destruição, da morte em batalha, e da magia.
Morrigan é ainda uma personagem do clássico jogo de luta Darkstalkers :)

Fábio "Mexicano"Última Sexta-feira às 01:36

.... ah vá!
Eu tava pesquisando imagem disso também, e vou colar agora, vai ficar spam de Morrigan aqui :stuck_out_tongue:
Hunf

Gato de Ulthar-

Como é a Morrigan, eu permito o spam dela por aqui por motivos estritamente estéticos!

Fábio "Mexicano"-

Eu gosto da meia-calça do Batman que ela usa

Gato de Ulthar-

Oh, sim, uma bela meia-calça. Mas voltando ao assunto, já que estamos nos desviando muito do assunto, creio que a Titânia deve ter uns contatos com outros deuses ou deusas, como a Morrigan, para atender os seus caprichos.

Fábio "Mexicano"-

Bom, a Morrigan é celta também, não é? Deve ser mais fácil se entender assim.

Gato de Ulthar-

Sim, de fato.

Vinicius Marino-

Morríghan é uma personagem curiosa. Ela já foi tão apropriada pela cultura pop que quase perdeu suas conotações originais. É quase um Thor da era pós-Marvel
Por um lado, ela é uma deusa da soberania, o que era uma coisa bem comum na Irlanda antiga. Acreditava-se que a soberania sobre um dado território era personificada em uma mulher, com que o aspirante a rei precisava se casar. Já comentei isso aqui no episódio da fada vampira.
Literariamente, ter uma rainha "abandonando" o rei era um topos retórico de que aquele rei perdera legitimidade. Um exemplo famoso da mitologia irlandesa é a rainha Medb (Meiv) do Ciclo de Ulster, que teve dúzias de maridos. A implicação é que ela é a soberania, e só fica com aqueles que considera dignos.
Mas voltando à Morríghan, ela é também parte de uma tríade de deusas da guerra (as Morrígna) que atuam como agentes do caos, manipulando a sorte para trazer a vitória ou a derrota a quem desejavam. Acredita-se que elas eram uma metáfora à confusão do campo de batalha, que invariavelmente ditada o resultado de muitas batalhas antigas.
Por causa da sua associação com a morte na guerra, há quem acredite que ela tenha sido a inspiração para a banshee, que também anunciava a morte de combatentes. Isso, claro, muito depois. Como eu disse na discussão de um episódio passado, a banshee só dá as caras pela primeira vez em uma saga do século XIV

Diego-

A questão de "até onde vai o poder da rainha das fadas" é uma interessante porque expõe um problema comum a qualquer obra cuja premissa seja "deuses/divindades X existem". Ficamos na dúvida se a rainha pode ir para outras "jurisdições", por assim dizer, mas há outros deuses nesse universo? Porque parece que só há as fadas e, quando muito, algumas figuras bíblicas - como Jesus.

Gato de Ulthar-

Isso é realmente curioso, se há fadas, divindades célticas, e até Jesus, o que foi confirmado pelo fato de existir o Judeu Errante, teria de haver todos os deuses de todos as religiões? Jeová, Alá, Shiva, Amaterasu, Pazuzu, Baal, Tupã, etc...

Diego-

Bom, falam que o crime do Cartaphilus foi ofender ao "filho de deus", o que parece indicar que Deus existe.

Gato de Ulthar-

Sim, foi o que eu pensei.

Vinicius Marino-

A distinção entre "fadas" e "deuses" é bem nebulosa na mitologia irlandesa. Em alguns textos, as fadas nada mais são que os Tuatha Dé Dannan, as divindades stritu sensu. Uma das banshees do Caithréim Thoirdealbhaigh (o texto "inaugural" das banshees), por exemplo, se apresenta como membro do panteão. Isso faria da Silky uma deusa também?
Claro, há também toda uma tipologia de fadas e seres encantados menores - incluindo, por exemplo, o Dullahan de Durarara. Porém, eu tenho quase certeza de que eles são na maioria criações posteriores.
E... bom, a não ser que Mahoutsukai invente um twist à la Fronteiras do Universo, se Deus existe, ele é soberano em tudo. Não existe Jeová, Alá, etc, existe apenas Deus e ponto. Do contrário, não é o Deus abraâmico, mas alguém fingindo ser ele.

Gato de Ulthar-

Ai entraríamos em uma situação bem espinhosa, se o deus abraâmico não seria o "Deus" de toda a existência, ele seria apenas um demiurgo, o qual acredita ser o verdadeiro Deus, mas é muito limitado, mas isso já é gnosticismo, acho que não é o caso de Mahoutsukai no Yome.

Fábio "Mexicano"

Se esse deus for o Deus Único, não importa como o chame ou de onde acha que veio, faria sentido Titânia se ressentir do padre, porque ele tinha o "cheiro" daquele deus ou algo assim, conforme ela disse no já distante primeiro cour, em sua primeira aparição? Suponho que nada a impeça de se rebelar contra O Criador, mas rebeldia é um atributo que não combina com uma divindade fortemente associada à natureza.

Vinicius Marino-

Se existe um Criador, não existem "divindades". Apenas criaturas. Num mundo em que o Deus abraâmico exista, ele é por definição irresistível. Então de fato, não faz sentido a Titânia se ressentir do Padre. A não ser que esse seja um Deus muito mais ausente e que as próprias auto-intituladas "divindades" sejam parte do plano.
É... é complicado. Não é à toa que a maior parte das obras de fantasia deixam de lado os mitos abraâmicos.

Diego-

Não acho que isso seja exclusivo da mitologia abraâmica. A maioria das mitologias possuem um mito de criação e uma divindade criadora, por exemplo. Se as divindades celtas existem, devo assumir que, sei lá, Gaia e Uranus existem? É muito difícil combinar mitologias de forma coesa, sem que os diferentes mitos entrem em choque uns com os outros. Justamente por isso, acho que Mahoutsukai nem está tentando. Existem as fadas e existiu um homem que se intitulou Filho de Deus, e qualquer coisa além disso está fora do escopo da história - eu acho.

Fábio "Mexicano"-

Seria outra coisa se conseguíssemos identificar as criaturas que apareceram no passado da Chise como definitivamente youkais, seres sobrenaturais japoneses. Mas eu sei lá o que eram aquelas coisas.

Gato de Ulthar

Segundo o lore de Mahoutsukai seriam todas fadas...

Gato de Ulthar-

Outra coisa que me chamou a atenção foi a aura maligna que emanou da rainha e do Oberon, quando eles insinuaram que a Chise e o Elias poderiam viver no mundo das fadas. Eu meio que não vi realmente maldade ali, mas um retrato da contrariedade simples e pura do desejo do Elias em ser mais humano e da Chise em levar uma vida normal, mas oque vocês acharam desta cena?

Vinicius Marino-

Achei um recurso visual para mostrar que eles não estão agindo da bondade de seus corações. Eles têm motivos ulteriores. São os reis do mundo das fadas e querem capturar possíveis súditos.

Fábio "Mexicano"-

Não acho que foi aura "maligna". Enxerguei isso da mesma forma como enxerguei a fadinha no ... primeiro episódio? Não é que sejam maus, no sentido estrito. Apenas é de sua natureza agir de uma forma que, para nós, humanos, pode ser considerada prejudicial. Essa cena incrível aí é para nos lembrar isso: fadas não são "gente como a gente". E isso pode ser causa de problemas futuros, além do escopo desse anime, afinal a Chise tende a ser "humana" com todo mundo.


Gato de Ulthar-

Foi basicamente isso que pensei também, tanto é que o Elias fica relutante em morar no reino das fadas, o que o tornaria cada vez menos humano, o que ele não quer, embora no fim das contas ele acabe se mostrando um sacana por não ter melhorado significativamente e ter tentado sacrificar a Stella. Mesmo assim, o seu desejo é entender os seres humanos para ser um ao lado da Chise.

Gato de Ulthar

Falando um pouco mais do Elias, ele me pareceu sincero em seu desejo de repensar os seus atos. O modo berserker dele logo de início mostrou bem o seu desespero em não poder mais ficar ao lado da Chise. Mas será que ele é realmente verdadeiro em suas intenções de se tornar alguém melhor?

Fábio "Mexicano"-

Mesmo se ele mudar, vai sempre restar a suspeita de que ele está apenas se domando, e não que tenha realmente mudado, que tenha se tornado uma pessoa moralmente melhor.

Diego-

Bom, ele não é uma pessoa, para começo de conversa. E o anime já indicou que ele é também amoral. "Se domar" me parece ser exatamente o que ele precisa: entender que suas ações não são condizentes com o tipo de vida que ele deseja, e que para atingi-la ele precisará medir melhor as próprias atitudes.

Fábio "Mexicano"-

Mas ele quer se tornar humano, em alguma medida. Realmente gostaria que ele pudesse mais do que apenas se domar.

Gato de Ulthar-

Acho que no máximo, no máximo, o anime mostrará uma tentativa do Elias em melhorar e um arrependimento por sua parte, lembrando que temos apenas mais um episódio.


Gato de Ulthar-

Vou lançar uma última pergunta para encerrar, o que vocês esperam para o último episódio de Mahoutsukai no Yome?

Diego-

É meio complicado para mim responder isso, porque eu meio que já assisti o episódio final :stuck_out_tongue: Mas vou dizer que minhas expectativas foram atendidas - mas não exatamente num bom sentido. Mais do que isso eu deixo para falar no Café do episódio final o/

Vinicius Marino-

Eu quero o Olhos de Cinza de volta. Nem que apenas no eye catch. Ele é minha personagem favorita

Fábio "Mexicano"-

Eu não assisti ainda, posso ter expectativas legítimas! A essa altura da bagunça a gente já sabe o que vai acontecer em linhas gerais, então vou só fantasiar, como o Vinicius: que alguém do passado apareça do nada para salvar o dia (e não para danar o dia, como o Olhos Cinzentos faria). Não vale quem já apareceu no episódio anterior.

Gato de Ulthar-

Bom, então é isso pessoal! Vamos ver o que nos espera o último episódio de Mahoutsukai no Yome!

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